Figueirão e Alcinópolis são candidatas a sediar a quinta fábrica de celulose de MS

Mato Grosso do Sul pode estar às vésperas de um significativo impulso industrial, com a possibilidade de ganhar sua quinta planta de celulose. As cidades de Figueirão e Alcinópolis surgem como candidatas a sediar o novo empreendimento, que está atraindo atenção devido aos incentivos fiscais oferecidos pelo governo estadual e sua vantajosa rota de escoamento.

A multinacional Portucel Moçambique, uma extensão da empresa portuguesa The Navigator Company, encontra-se em fase de negociação para a instalação de uma nova planta. O projeto, que ainda aguarda confirmação, incluiria tecnologias avançadas e práticas de manejo ambiental sustentáveis.

Especialistas destacam que o novo empreendimento não apenas fortaleceria o chamado Vale da Celulose no estado, mas também impulsionaria a economia local. “Um investimento do porte da Portucel representaria um importante mecanismo de crescimento econômico, empregando uma vasta quantidade de trabalhadores, tanto diretamente quanto indiretamente”, afirma o economista Eduardo Matos.

Matos também ressalta que a chegada de grandes indústrias potencializa a atividade de serviços, comércio e até outras indústrias, além de aumentar a arrecadação de impostos. “A instalação da fábrica traz consigo uma série de outros empreendimentos, fortalecendo assim o fluxo circular da renda na região”, complementa.

O doutor em Administração Leandro Tortosa aponta que a demanda por madeira estimulará o crescimento da silvicultura, promovendo o desenvolvimento sustentável e aumentando a renda dos produtores rurais. “A nova fábrica também introduzirá novas tecnologias ao estado, impulsionando o desenvolvimento de outros setores da economia”, diz Tortosa.

Com uma robusta infraestrutura florestal, Mato Grosso do Sul possui capacidade para hospedar pelo menos mais três grandes fábricas de celulose, conforme análise de Jaime Verruck, titular da Semadesc. Ele menciona que o estado já planeja a expansão de linhas existentes e a instalação de novas, com investimentos que poderiam ultrapassar R$ 45 bilhões.

A expansão da base florestal de eucalipto no estado é uma possibilidade real, com áreas atualmente destinadas à pecuária podendo ser convertidas para uso florestal, um processo que seria vantajoso em termos de investimentos e adaptação do solo.

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