Desde o início do período de defeso, em 5 de novembro, as operações de fiscalização da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) já apreenderam cerca de 270 kg de pescado irregular no estado. A ação, denominada Operação Piracema, tem como objetivo proteger a reprodução das espécies aquáticas, especialmente na região do Pantanal.
Ao longo das últimas semanas, equipes realizaram 68 fiscalizações em peixarias e comércios de pescado, resultando em três autuações que somaram R$ 11,4 mil em multas. A operação também flagrou práticas ilegais de pesca, como o uso de tarrafa e anzóis de galho, que causam danos à biodiversidade local. Em Aquidauana, por exemplo, três casos de pesca predatória foram identificados em apenas 24 horas, com apreensão de 12 kg de pescado de diversas espécies.
O período de defeso, implementado anualmente, é essencial para a reprodução das espécies de peixes da região, permitindo a sustentabilidade dos recursos pesqueiros e a manutenção do equilíbrio ambiental. A pesca ilegal, além de prejudicar o ecossistema, impacta a economia dos pescadores que seguem as normas ambientais.
De acordo com a legislação ambiental, a pesca predatória é considerada crime ambiental, com penas que podem variar de um a três anos de prisão, além de multas que chegam a R$ 100 mil, acrescidas de R$ 20 por quilo de pescado irregular apreendido.
A Operação Piracema continuará em Mato Grosso do Sul até o término do período de defeso, com patrulhas fluviais, inspeções em estabelecimentos e barreiras terrestres em diferentes pontos estratégicos do estado para coibir infrações.
Foto: PMA/Divulgação