Vivemos um tempo em que falar sobre saúde emocional nas empresas deixou de ser tendência tornou-se urgência.
A Lei 14.831/2024 estabelece diretrizes para que empresas desenvolvam e implementem políticas de promoção da saúde mental no ambiente de trabalho. Isso significa que agora há um incentivo legal para que organizações invistam em programas voltados ao cuidado emocional dos colaboradores, como rodas de conversa, atendimento psicológico, práticas integrativas e treinamentos sobre gestão emocional. O grande diferencial desta lei é que ela reconhece, de forma oficial, que o sofrimento psíquico interfere diretamente no desempenho e na segurança no trabalho — e que a saúde mental é, sim, uma responsabilidade compartilhada entre empregadores e empregados.
Complementando esse avanço, a NR-1, que já fazia parte do conjunto de normas de segurança e medicina do trabalho, ganha novas atualizações que reforçam a obrigatoriedade de ambientes saudáveis. Ela exige que as empresas implementem medidas de prevenção de riscos físicos, mentais e emocionais, considerando aspectos psicossociais e organizacionais como fatores que impactam a saúde do trabalhador. A norma destaca também a importância do acolhimento, da escuta e da construção de ambientes psicologicamente seguros.
Sob a ótica da neurociência comportamental, sabemos que ambientes de trabalho tóxicos ou negligentes podem elevar os níveis de cortisol (hormônio do estresse), afetar o funcionamento do córtex pré-frontal (responsável pela tomada de decisões e pelo controle emocional) e alterar a qualidade das conexões neurais que sustentam a memória, a criatividade e a empatia. Já do ponto de vista da psicanálise, o ambiente corporativo pode reativar feridas emocionais não elaboradas, como os sentimentos de rejeição, medo da punição ou necessidade excessiva de reconhecimento — afetando a relação do indivíduo com o trabalho e consigo mesmo.
Segundo a OMS- Organização Mundial da Saúde, 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente devido a ansiedade e depressão, o que gera um impacto econômico global de US$ 1 trilhão por ano. No Brasil, 30% dos trabalhadores sofrem com burnout e os afastamentos por transtornos mentais cresceram 40% só em 2023. Essa realidade compromete diretamente os índices de produtividade, turnover e absenteísmo.
Empresas que investem em saúde emocional colhem resultados concretos: equipes mais engajadas, lideres mais humanos e colaboradores mais comprometidos.
Saúde emocional é o novo ativo estratégico!! Mais do que adequação as normas, cuidar da saúde mental é um ato de liderança consciente. É entender que pessoas emocionalmente saudáveis produzem mais, convivem melhor e levam esse equilíbrio para suas casas, suas famílias e sua comunidade. A saúde emocional deixou de ser opcional ela é a base da transformação sustentável que o mundo corporativo precisa.
É tempo de AÇÃO!! Contratar programas de mentoria comportamental, Gestão emocional e consultoria, não é gasto, é investimento no capital humano e no futuro da sua organização. O poder de transformar está em quem tem coragem de mudar a cultura e cuidar de gente, afinal sempre é sobre pessoas.
por FRANCIELI FLORES
Mentora Comportamental e Psicanalista
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