A arrecadação da União atingiu R$ 203,17 bilhões em setembro de 2024, o maior valor já registrado para o mês, conforme divulgado pela Receita Federal nesta terça-feira (22). O resultado representa um aumento real de 11,61% em comparação ao mesmo período de 2023, com valores corrigidos pelo IPCA. O desempenho é atribuído ao crescimento econômico e a fatores atípicos, como a tributação de fundos exclusivos e a regularização de bens no exterior.
No acumulado de janeiro a setembro de 2024, a arrecadação federal totalizou R$ 1,93 trilhão, um acréscimo real de 9,68% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior. Entre os fatores que impulsionaram o resultado, destacam-se a retomada da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e o recolhimento extra de Imposto de Renda Retido na Fonte, principalmente relacionado a rendimentos de capital.
A Receita Federal também observou uma arrecadação extra em setembro devido à postergação do recolhimento de tributos em alguns municípios do Rio Grande do Sul, afetados por enchentes nos meses de abril e maio. Essa medida permitiu que contribuições previdenciárias fossem recolhidas posteriormente, somando R$ 3,7 bilhões ao montante total do mês.
Outro destaque no mês foi o desempenho do PIS/Pasep e da Cofins, que registraram um crescimento de 18,95%, com arrecadação de R$ 45,68 bilhões. O aumento está relacionado tanto à atividade econômica quanto à volta da tributação sobre combustíveis.
Os dados reforçam a tendência de crescimento sustentado da arrecadação federal em 2024, mesmo em um cenário de desafios econômicos e fiscais.