O registro de casos de raiva bovina em Chapadão do Sul, cidade localizada na divisa entre Mato Grosso do Sul e Goiás, colocou os produtores rurais da região em alerta. A confirmação, realizada por Fábio Shiroma, do Iagro, e Fábio Leal, da Agrodefesa, reforça a necessidade de medidas preventivas em propriedades próximas ao Rio Aporé, que banha a área.
De acordo com as autoridades, a área de risco abrange desde a região do Pouso Frio, em Mato Grosso do Sul, até Vaca Parida, incluindo também Cassilândia e outras localidades vizinhas ao rio e seus afluentes. A preocupação aumenta com a possibilidade de o vírus atingir municípios goianos, como Aporé e a região da usina hidrelétrica FCB, onde o risco de propagação também é alto.
A raiva bovina é transmitida principalmente por morcegos hematófagos, popularmente conhecidos como morcegos vampiros. Esses animais são vetores do vírus, que se dissemina pela saliva durante o contato com bovinos e outros animais. A proximidade de abrigos naturais, como cavernas, ou artificiais, como casas abandonadas e pontes, facilita a proliferação do morcego e, consequentemente, do vírus da raiva.
O protocolo preventivo indicado pelos órgãos de controle inclui a vacinação regular do rebanho, com reforço para animais jovens ou recém-adquiridos. A Iagro e a Agrodefesa também têm atuado na captura de morcegos hematófagos para aplicar pasta tóxica, com o objetivo de diminuir o risco de transmissão na área.
Além da vacinação, a notificação de abrigos de morcegos às autoridades é fundamental para manter o controle do vírus. Em caso de suspeita de raiva, os produtores devem informar imediatamente os escritórios regionais da Iagro e da Agrodefesa, permitindo ações rápidas para conter a doença e proteger a saúde de animais e humanos na fronteira.