A situação da BR-163 em Mato Grosso do Sul tem sido alvo de debates entre parlamentares, que questionam a continuidade da cobrança de pedágio diante das condições precárias da rodovia. O deputado estadual Junior Mochi (MDB) destacou que a CCR MSVia, responsável pela concessão, já recebeu R$ 3,9 bilhões em repasses e arrecadou R$ 3,6 bilhões com pedágios, enquanto os investimentos na rodovia totalizam R$ 1,8 bilhão, conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Em resposta, o deputado federal Marcos Pollon (PL) encaminhou uma indicação ao ministro dos Transportes, Renan Filho, solicitando a suspensão da cobrança de pedágio na BR-163. Pollon argumenta que os repasses são elevados, considerando que o estado atual da rodovia e os serviços prestados pela concessionária não atendem aos padrões exigidos pelo contrato de concessão.
O parlamentar aponta que a CCR MSVia não tem cumprido os prazos para obras de manutenção, o que compromete a segurança dos motoristas e aumenta os custos para os usuários. Ele defende a revisão da cobrança de pedágio em trechos com condições inadequadas de trafegabilidade e sugere a aplicação de medidas corretivas em caso de descumprimento contratual.
Pollon também solicita a revisão do repasse de R$ 3,9 bilhões à CCR MSVia, visando garantir que os recursos sejam utilizados de forma eficaz na melhoria da infraestrutura rodoviária. A indicação está sob análise do Ministério dos Transportes e da ANTT.
A BR-163 é uma via fundamental para o escoamento da produção agroindustrial de Mato Grosso do Sul, sendo crucial para a economia regional. A precariedade da rodovia tem gerado preocupação entre os usuários, que aguardam melhorias significativas na infraestrutura e na segurança viária.