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CPI recomenda devolução de R$ 1,3 milhão e cassação de prefeito e vereador em Costa Rica

Relatório final aponta corrupção em evento e pede investigação pelo MPMS e TCE-MS

por Tribuna do MS
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Expo Rica, instaurada pela Câmara Municipal de Costa Rica, recomendou que o prefeito Cleverson dos Santos (PP) e o vereador Arthur Baird (PP) devolvam R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. A CPI investigou possíveis irregularidades financeiras no evento realizado entre 11 e 14 de maio de 2023.

O relatório final, apresentado em 19 de junho, identificou superfaturamento de contratos e pagamentos irregulares, apontando também o Clube do Laço 3 Divisas, o Costa Rica Esporte Clube (Crec), e a empresa Vander Locações e Eventos Eireli como envolvidos na corrupção. Além da devolução do dinheiro, a CPI sugeriu a abertura de uma comissão processante para a cassação dos mandatos do prefeito e do vereador.

Em sua defesa, o prefeito Cleverson dos Santos declarou que não houve irregularidades na organização do evento, afirmando que o convênio foi autorizado pela Câmara e que as contas foram devidamente prestadas pelo Clube do Laço. Ele classificou o relatório como infundado e fruto de adversários políticos. O vereador Arthur Baird não se manifestou até o momento da publicação.

A presidência da CPI é do vereador Averaldo Barbosa (MDB), e a votação do relatório está marcada para uma sessão da Câmara Municipal de Costa Rica, localizada a 330 quilômetros de Campo Grande. O relatório final da CPI sugere que o vereador investigado seja excluído da votação e destaca suspeitas de lucros ilícitos, saques em dinheiro e conexões familiares no esquema de corrupção.

O documento aponta que a empresa Vander Locações é administrada pelo primo do vereador Baird e que o Costa Rica Esporte Clube, presidido por André Baird, foi favorecido na venda de bebidas durante o evento, gerando lucros superiores a R$ 190 mil. A CPI solicita que as investigações sejam encaminhadas ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) para um exame mais aprofundado do caso.

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