Desembargadores do TJMS são afastados por suspeita de venda de sentenças

Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) foram afastados por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), como parte de uma operação que investiga a venda de sentenças e outros crimes. Entre os afastados está Sideni Soncini Pimentel, recém-eleito para presidir o tribunal a partir de 2025.

A operação, denominada “Ultima Ratio”, é um desdobramento de investigações iniciadas em 2021 e mira também magistrados aposentados e um procurador de Justiça. Além do afastamento, os desembargadores estão proibidos de acessar órgãos públicos, de se comunicarem com outros investigados e foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas.

A Polícia Federal cumpriu 44 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Brasília e Mato Grosso. A operação investiga crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa, e conta com o apoio da Receita Federal.

A investigação é parte de uma operação mais ampla que começou com a “Mineração de Ouro”, que teve como foco conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. A nova fase expande as investigações para desembargadores suspeitos de comercializar decisões judiciais.

A expectativa é de que as investigações revelem esquemas de corrupção envolvendo grandes valores e imóveis de luxo. A Polícia Federal segue com as apurações, e o processo tramita em segredo de justiça.

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