Desde a zero hora da última terça-feira (5), está em vigor em todo o Mato Grosso do Sul a Operação Piracema 2024/2025, que se estenderá até 28 de fevereiro do próximo ano. A ação visa coibir a pesca ilegal durante o período de defeso, crucial para a reprodução das espécies nativas. Esta é a maior mobilização já realizada no estado, envolvendo 320 policiais militares ambientais, 70 fiscais do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e, pela primeira vez, 120 policiais da Polícia Militar Rural (PMR).
O comandante da PMR, coronel Cleder da Silva, destacou a importância da união de forças para a conservação ambiental e a preservação dos recursos naturais do estado. Ele enfatizou que não haverá tolerância para crimes ambientais, solicitando que seu efetivo atue com rigor para garantir o sucesso da operação.
A operação conta com monitoramento via satélite de todo o território sul-mato-grossense e um trabalho prévio de inteligência que otimiza as ações de fiscalização. O comandante da Polícia Militar Ambiental (PMA), coronel José Carlos Rodrigues, informou que o estado possui 184 mil trechos de rios a serem vigiados nesse período, percorridos pelos cardumes em direção aos locais de desova. O georreferenciamento dos pontos de pesca intensiva permitirá uma atenção redobrada da PMA durante a operação.
Além disso, foram estabelecidas barreiras quádruplas para dificultar a ação de pescadores ilegais. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, solicitou o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na fiscalização das rodovias, visando identificar e coibir o transporte ilegal de peixes.
Fotos: Mairinco de Pauda