A missionária brasileira Lucinéia Santos Oliveira, de 32 anos, morreu neste domingo (19) na cidade de Huambo, Angola, vítima de complicações graves da malária. Natural de Chapadão do Sul, Mato Grosso do Sul, ela estava em missão humanitária pelo Convento de Jovens Missão, ligado à Igreja Assembleia de Deus Missão, onde atuava como voluntária há 10 anos. Lucinéia contraiu a doença pela segunda vez e não resistiu à falência múltipla de órgãos.
Lucinéia estava internada em um hospital na cidade de Huambo desde a última semana, quando os sintomas da malária se agravaram. No sábado (18), ela conseguiu vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi submetida à entubação, mas o quadro clínico piorou rapidamente. Segundo a equipe médica que a acompanhava, as chances de recuperação eram reduzidas devido ao avanço da infecção.
A missionária dedicava sua vida à causa humanitária, principalmente em regiões vulneráveis do continente africano. Sua atuação era marcada pelo comprometimento com o auxílio a comunidades carentes, oferecendo apoio espiritual e assistência social. Colegas e familiares destacaram sua determinação em continuar a missão mesmo diante dos riscos à saúde.
Após uma reunião entre os familiares, foi decidido que Lucinéia será sepultada em Angola, conforme seu desejo manifestado antes de falecer. O processo de tramitação legal para o sepultamento está em andamento, e ainda não há data definida para a cerimônia. A Cruz Vermelha de Chapadão do Sul, que acompanhava a missão da voluntária, organizará uma transmissão ao vivo do sepultamento para amigos e admiradores no Brasil.
A notícia gerou grande comoção na comunidade de Chapadão do Sul, onde Lucinéia era conhecida por suas ações solidárias. O coordenador da Cruz Vermelha no município, Gabriel Schultz, informou que um espaço será montado para que as pessoas possam prestar homenagens à missionária durante a transmissão.