O vazio sanitário da soja em Mato Grosso do Sul terminou no último domingo (15), abrindo caminho para o início do plantio da safra 2024/25. Durante os 90 dias de proibição, o objetivo foi prevenir a disseminação de pragas, como o fungo da ferrugem asiática. Com o fim do período, os produtores rurais já podem retomar as atividades agrícolas, embora a ausência de chuvas possa atrasar a semeadura.
Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a precipitação está 50% abaixo da média em diversas regiões do estado, com a expectativa de melhora apenas em outubro. O coordenador do Departamento Técnico do Senar/MS, André Nunes, destacou que a umidade do solo é essencial para a germinação da soja, e que as altas temperaturas também podem influenciar negativamente o processo.
A Aprosoja-MS prevê que a área destinada ao cultivo de soja aumente em mais de 6% nesta safra. A produção também deve crescer 13% em relação ao ciclo anterior, podendo alcançar 14 milhões de toneladas. O desafio, no entanto, é lidar com os custos elevados de produção, que, apesar de terem caído 3% no geral, ainda enfrentam aumentos em insumos como fertilizantes e corretivos de solo.
Mesmo com as incertezas climáticas, a expectativa do setor é que a produtividade não seja afetada. Analistas do setor acreditam que a situação hídrica deve se normalizar nos próximos meses, permitindo que o plantio ocorra dentro de um prazo seguro.