Empresas de Costa Rica e Chapadão do Sul são alvos de operação da Receita Federal e da Polícia Federal

A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta terça-feira (18), a Operação “Crédito Pirata” para combater a sonegação e lavagem de dinheiro em uma falsa empresa que utilizava créditos tributários de PIS/Cofins fictícios. A fraude envolveu 27 contribuintes de sete municípios de Mato Grosso do Sul, resultando em reduções da carga tributária que totalizam R$ 17,5 milhões.

Em Chapadão do Sul, 19 contribuintes estão envolvidos, com uma compensação indevida de R$ 10.528.629,22. Em Costa Rica, dois contribuintes participaram da fraude, totalizando R$ 754.915,19. Outros municípios afetados incluem São Gabriel do Oeste, com R$ 3.118.989,16, Aparecida do Taboado, Campo Grande, Dourados e Paraíso das Águas, onde um contribuinte de cada município esteve envolvido, somando valores menores.

A operação se estende por 193 cidades em 22 estados, totalizando R$ 1.020.710.804,39 em fraudes e envolvendo 530 contribuintes em todo o Brasil. Sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo, Campos do Jordão, Osasco, Praia Grande e Sorocaba, em residências, empresas e escritórios dos investigados e pessoas ligadas à suposta organização criminosa.

Os principais alvos da operação incluem o operador da fraude, responsável pela elaboração e transmissão das Declarações de Compensação fraudulentas, e o mentor intelectual, que tentava dar aparência de legalidade ao esquema. A Receita Federal alerta que não há hipótese de extinção de débitos com compensação de créditos que não sejam tributários, líquidos e certos, e orienta os contribuintes a denunciarem ofertas suspeitas à Ouvidoria.

O esquema funcionava com a venda de soluções para redução de carga tributária, onde uma Declaração de Compensação fraudulenta era enviada à Receita Federal em nome da empresa contratante, através de uma interposta pessoa (laranja). Os créditos de PIS/Cofins informados eram inexistentes, e os débitos voltavam a ser cobrados pela Receita Federal. A consultoria envolvida era remunerada com percentuais entre 30% e 70% dos impostos compensados, e os lucros eram utilizados na aquisição de imóveis e bens de luxo, registrados em nome de empresas patrimoniais e laranjas.

Fraudes como essas resultam em perda de arrecadação para os cofres públicos e prejudicam os contribuintes, que podem ser multados, fiscalizados, ter seu patrimônio bloqueado e responder por crime contra a ordem tributária.

Notícias relacionadas

Casa do Trabalhador de Costa Rica promove seleção para 150 vagas na JSL em Ribas do Rio Pardo

Receita Federal registra 27,4 milhões de declarações do IRPF até 20 de maio

Prefeitura une ações contra violência infantil e acidentes de trânsito em Alcinópolis