A segunda safra de milho de Mato Grosso do Sul em 2023/2024 foi marcada por uma das piores colheitas da última década, com uma queda de 35% na produção em relação ao ciclo anterior. A falta de chuvas foi o principal fator para a redução, afetando cerca de 819 mil hectares em todo o estado. Segundo dados do Projeto SIGA-MS, conduzido pela Aprosoja-MS, essa safra é a terceira pior nos últimos dez anos.
O relatório foi apresentado na última sexta-feira (6) ao governador Eduardo Riedel, durante uma reunião entre a Famasul e a Aprosoja-MS. Na ocasião, os fatores climáticos, como a seca prolongada entre abril e junho, foram apontados como responsáveis pelos prejuízos, com algumas regiões enfrentando até 100 dias sem chuvas significativas.
A produção final da safra foi de 69,77 sacas por hectare, uma redução de 30% em relação ao ciclo anterior, que havia registrado 9,2 milhões de toneladas. A seca severa impactou especialmente o período reprodutivo do milho, comprometendo o desenvolvimento das espigas e gerando falhas na formação dos grãos.
Com o fim da colheita previsto para setembro, os produtores agora enfrentam novos desafios para o início do plantio da próxima safra de soja, que também poderá ser afetada por fatores climáticos.